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OPERAÇÃO FINAL FIGHT: Polícia Civil e GCM desarticulam esquema criminoso que explorava adolescentes em festas e lutas clandestinas

Publicada em: 25/06/2025 18:36 - Polícia Segurança

Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão domiciliar em residências localizadas no bairro Pérola / Foto: Divulgação/PCRR /

A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DDIJ (Delegacia de Defesa da Infância e da Juventude), em ação integrada com a GCM (Guarda Civil Municipalde Boa Vista, deflagrou nesta quarta-feira, dia 25, a “Operação Final Fight”, com o objetivo de combater uma série de crimes praticados contra adolescentes na Capital.

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular da DDIJ, Marcos Lázaro, a ofensiva conjunta teve como foco a repressão qualificada aos crimes de corrupção de menores, tortura, exploração sexual, fornecimento de bebidas alcoólicas e entorpecentes a adolescentes durante festas conhecidas como “rinhas”, além da organização de lutas clandestinas, os chamados “combates”, promovidas em vias públicas mediante apostas em dinheiro.

Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra J. S. C., de 31 anos, e C. H. S. O., de 20 anos, além de dois mandados de busca e apreensão domiciliar na residência deles, localizadas no bairro Pérola. As ordens judiciais foram executadas por agentes da SIOP (Seção de Investigação e Operaçõesda DDIJ, com apoio do GTAM (Grupo Tático Municipalda Guarda Civil Municipal.

Segundo o delegado Marcos Lázaro, a operação é fruto de uma investigação iniciada há 30 dias, após a identificação de conteúdos suspeitos em páginas nas redes sociais, criadas e alimentadas com perfis falsos pelos envolvidos. As páginas, com alto volume de acessos, comentários e compartilhamentos,  eram utilizadas para atrair adolescentes para festas ilegais e divulgar os eventos de lutas clandestinas.

 “Apesar de o tempo de investigação ter sido relativamente curto, o uso intensivo das redes sociais pelos criminosos nos permitiu reunir provas concretas e representar pelos mandados judiciais. Eles atuavam de forma estruturada, utilizando perfis falsos para enganar e atrair adolescentes", explicou o delegado.

No momento das buscas, os policiais encontraram uma adolescente de 13 anos na residência de um dos investigados, C. H. S. O.. A jovem foi imediatamente resgatada e entregue à mãe. Conforme os elementos colhidos, a menor vivia em situação análoga a uma relação conjugal com o investigado, o que configurou crime de estupro de vulnerável, uma vez que a legislação brasileira considera ilegítima qualquer relação sexual com menores de 14 anos, independentemente de consentimento.

“Esse investigado, além de ter a prisão preventiva decretada, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável. A adolescente vítima do crime foi resgatada e entregue com segurança à mãe”, reforçou o delegado.

Ainda segundo Lázaro, a operação marca um avanço no enfrentamento integrado à exploração de adolescentes.

“Ela demonstra que o enfrentamento ao crime exige integração entre forças e inteligência. Também serve de alerta à sociedade para os perigos dessas festas e lutas clandestinas que vêm se espalhando como febre entre jovens em todo o país”, destacou.

NOME DA OPERAÇÃO

A operação recebeu o nome Final Fight em alusão ao clássico jogo eletrônico dos anos 1990, cuja temática envolve brigas de rua, remetendo simbolicamente à intenção de pôr fim a essa prática criminosa que vinha ganhando espaço na capital.

Durante as buscas, diversos aparelhos celulares e dispositivos de armazenamento foram apreendidos. O material passará por perícia e poderá revelar novas evidências, suspeitos e crimes conexos. A investigação poderá ter desdobramento com novas prisões.

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OPERAÇÃO NARKE 4
Polícia Civil de Roraima desarticula ponto de tráfico e prende três suspeitos ligados ao crime transnacional

Uma investigação da PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), e DENARC (Departamento de Narcóticos), resultou, nesta terça-feira, dia 24, na desarticulação de um ponto ativo de venda de drogas no bairro Nova Cidade, zona Oeste da capital.

A ação resultou na prisão em flagrante de três suspeitos, sendo dois estrangeiros e uma brasileira, além da apreensão de drogas, dinheiro, um veículo e diversos objetos usados na atividade criminosa.

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular da DRE, Julio Cesar da Rocha, a ofensiva faz parte da Operação Narke 4, coordenada nacionalmente pela DIOPI (Diretoria de Operações Integradas e de Inteligênciada SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Públicado MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

Em Roraima, a operação é supervisionada pelo diretor do DENARC, delegado Herbert de Amorim Cardoso, e ocorre durante a semana em que se celebra o Dia Internacional de Combate às Drogas, instituído pela ONU em 26 de junho, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os efeitos e os danos causados pelo uso e tráfico de substâncias ilícitas.

Ação integrada e investigação prévia

De acordo com o delegado, os policiais civis vinham monitorando um imóvel no bairro Nova Cidade, identificado como ponto de venda de entorpecentes. Durante a operação, os agentes flagraram uma transação de droga entre os guianenses J. M. P., de 40 anos, e A. M., de 38 anos, que estavam em um veículo Nissan Tiida com placa da Guiana, e a brasileira J. G. C., de 20 anos, moradora do imóvel.

"No local encontramos um quilo de Skunk, uma balança de precisão, uma porção de pasta base de cocaína e uma quantia de dinheiro trocado, caracterizando o comércio ativo de entorpecentes. Diante do flagrante, demos continuidade às diligências para identificar outros pontos usados pelo grupo", afirmou o delegado.

Ainda segundo Julio Cesar, os estrangeiros estavam hospedados em um hotel no bairro Sílvio Leite, mas utilizavam uma casa no bairro Murilo Teixeira Cidade como depósito das drogas. A equipe da DRE localizou o imóvel, que estava desabitado, e encontrou dois tabletes de Skunk acondicionados dentro de uma caixa térmica, evidenciando a logística de armazenamento e distribuição da organização.

Prisão em flagrante e continuidade das investigações

Todo o material apreendido, entorpecentes, o veículo, celulares, balança e o dinheiro, foi encaminhado à DRE.

Contra os três suspeitos foi lavrado um APF (Auto de Prisão em Flagrante),  pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, conforme previsto na legislação penal brasileira.

"Os conduzidos tiveram todos os seus direitos constitucionais respeitados e foram apresentados na Audiência de Custódia hoje, dia 25. Eles tiveram suas prisões em flagrante homologadas e convertidas em Prisão Preventiva pela Justiça", explicou o delegado Júlio Cesar.

Ainda segundo o delegado, as investigações continuam com o objetivo de identificar outros integrantes do grupo criminoso e possíveis conexões transnacionais com redes de tráfico que atuam entre o Brasil e a Guiana.

"Trata-se de uma atuação qualificada, que une inteligência policial, troca de informações entre instituições e presença operacional. Seguiremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas, que é a base de sustentação de diversas outras modalidades criminosas", concluiu o delegado titular da DRE.

DA REDAÇÃO


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