A paralisação geral está prevista para o dia 30 de abril / Foto: Divulgação /

Os sindicatos municipais de Boa Vista seguem mobilizados e iniciaram, nesta sexta-feira (04), a publicação dos editais que convocam as assembleias gerais das categorias. Nesses encontros, os servidores vão deliberar sobre a paralisação geral prevista para o dia 30 de abril.

A pauta central das assembleias será o Projeto de Lei Complementar (PLC 001/2025), que altera o Regime de Previdência dos Servidores Municipais (Pressem), enviado pelo prefeito Arthur Henrique à Câmara Municipal de Boa Vista sem diálogo prévio com os sindicatos ou os servidores.

Entre os sindicatos que já oficializaram suas assembleias estão:

- SINTRAS (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Roraima): Assembleia marcada para o dia 15 de abril.

- SINTEAR-RR (Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares de Radiologia de Roraima): Assembleia também no dia 15 de abril.

- SIGMUR (Sindicato Intermunicipal dos Guardas Civis Municipais do Estado de Roraima): Assembleia agendada para o dia 11 de abril.

Pautas específicas:  Além da pauta comum sobre o Pressem, cada sindicato vai debater demandas específicas de suas categorias.

Frente unificada: O movimento “União dos Servidores Municipais BV” é composto por 17 sindicatos, coletivos e associações que atuam no serviço público municipal.

Greve: No início desta semana, os servidores efetivos da Secretaria Municipal de Gestão Social (SEMGESrealizaram uma paralisação de advertência.

Além da pauta sobre o Pressem, a categoria também reivindica:

- recomposição salarial digna;
- pagamento integral dos retroativos de 2023 e 2024;
- implementação do PCCR da SEMGES;
- gratificações específicas da secretaria;
- fim dos supersalários no município;
- melhores condições de trabalho.

Sem diálogo

Os servidores da SEMGES afirmam que, apesar de já terem formalizado pedido de diálogo com a Prefeitura, continuam aguardando retorno.

Reivindicações entregues à Prefeitura

Nesta semana, representantes sindicais participaram de uma reunião com secretários municipais e com a procuradora-geral do município, Marcela Medeiros, para entregar a pauta de reivindicações. No documento, os sindicatos apontam uma série de inconsistências no projeto do Pressem e pedem a retirada imediata da matéria da pauta de votação na Câmara. Até o momento, a Prefeitura não respondeu formalmente às demandas apresentadas.

Próximos passos

Após a realização das assembleias, caso a maioria das categorias aprove a paralisação geral, os sindicatos irão comunicar oficialmente a decisão aos gestores municipais e demais instituições competentes.

FELIPE MEDEIROS