Catarina incentiva mulheres a não se calarem diante da violência doméstica

Catarina Guerra: "A violência pode estar na casa de qualquer uma de nós e a gente não pode se silenciar / Foto: Reprodução/TV Assembleia /

A divulgação de mais três casos de violência doméstica contra mulheres nos últimos três dias em Roraima levou a deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil) a usar a tribuna da ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima) na sessão desta terça-feira, 29, para informar sobre os canais de denúncia e incentivar que as vítimas não se calem, que criem coragem para denunciar os agressores.

"O motivo que me traz hoje aqui tem uma mistura de sentimentos como mulher, deputada, mãe, esposa e filha.  Talvez muitos já estejam cansados de ouvir falar nesse temma, não somente em Roraima, mas no Brasil, que é o fato já estar ficando corriqueiro mulher sofrer violência, ser calada, ameaçada, assediada, ser agredida. A gente não pode se calar. Não podemos jamais deixar que isso vire rotina, que se torne normal", afirmou.

Catarina solicitou aos colegas de parlamento que atuem de forma mais enérgica no combate à violência contra a mulher. Precisamos voltar a nossa atenção a essas mulheres que sofrem assédio e violência todos os dias. Não me refiro apenas à física, mas também a violência emocional, psicológica, dentre outras", ressaltou.

A parlamentar lembrou que existem no Estado diversos canais disponíveis para receber denúncias de violência doméstica contra as mulheres e oferecer suporte a elas, a exemplo do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), da Casa da Mulher Brasileira e da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.

"Nós, mulheres, devemos dizer a outras que existe, sim uma rede de apoio na qual elas podem buscar, mas mais do que isso, como mulher, devemos dizer que há muitas outras mulheres, que estamos aqui e eu não vamos deixar você se calar. É o que eu vim fazer hoje aqui não só como uma deputada, mas como mulher, dizer: Carol, Maria, Ana, Joana, Beatriz, Suellen, não se calem, vocês não estão sozinhas", enfatizou.

Catarina Guerra disse, ainda, que as mulheres precisam ficar atentas, porque a violência pode acontecer em qualquer família.

"A violência pode estar do meu lado. Ela pode estar aqui nesse ambiente, ela pode estar na minha casa, na casa de qualquer uma de nós. E a gente não pode se silenciar. É por isso que eu estou aqui, por nós, mulheres, para que isso não vire rotina, para que a nossa voz não seja calada e que a gente possa, de alguma forma, oferecer o ombro, estender a mão para aquelas que sofrem violência doméstica, incentivando-as a denunciar. Fim a violência contra a mulher!", conclamou.

DA REDAÇÃO
Categoria:Política

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