Cia Criart Teatral comemora 20 anos de trajetória com dois espetáculos no Teatro Municipal

Desde sua fundação, a companhia já ultrapassou o número de vinte e cinco produções cênicas /  Foto: Divulgação /

Fundada em 2001 e com uma série de obras que foram sucesso não apenas em Roraima, como também em diversos estados brasileiros, a Cia Criart Teatral comemora seus 20 anos de estrada neste mês de outubro com dois espetáculos que serão apresentados no Teatro Municipal, na próxima semana.

A primeira obra será “O Menino e o Barquinho”, com apresentação na segunda-feira (11), a partir das 17h. O espetáculo é uma parceria com a Prefeitura de Boa Vista, por meio da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec) e tem como público alvo as crianças, por ocasião do dia em homenagem a elas (veja sinopse abaixo).

Os ingressos para o evento são limitados e podem ser obtidos com a doação de um brinquedo novo ou usado (em bom estado), sendo o limite de três ingressos por pessoa, ou seja, neste caso seriam necessários três brinquedos.

A entrega e retirada deve ser feita até esta sexta-feira (8), no Foyer do Teatro Municipal, de 9h às 12h e das 14h às 18h. Os brinquedos serão destinados para crianças que integram projetos sociais da prefeitura.

O segundo espetáculo será o “Cordel do Amor Sem Fim”, baseado na obra escrita por Claudia Barral e que versa sobre os encontros e desencontros da vida de três irmãs que vivem em uma cidade ribeirinha. A peça será apresentada no próximo dia 15, às 20h.

Os ingressos serão gratuitos e poderão ser retirados 01 (uma) hora antes do espetáculo. No foyer do Teatro Escola haverá uma exposição com os figurinos de espetáculos apresentados pelo Criart ao longo desses 20 anos e assinada pelo artista Sulivan Barros.

O Criart – Desde sua fundação, já ultrapassou o número de vinte e cinco produções cênicas. Tem funcionado como uma entidade aberta a servir a comunidade, principalmente os jovens e adolescentes, na busca por proporcionar a inclusão social e cultural e mantém uma postura de parceria com outros grupos, organizações e instituições de outras modalidades de manifestação artístico-culturais e folclóricas.

Os espetáculos:

O Menino e o Barquinho

Nesta montagem do Criart Teatral, a música é usada de forma narrativa, contando a história do menino João e é composta por ritmos musicais diferenciados e situações que proporcionam interação com o público.

O “Conto cantado” é construído a partir de canções tradicionais e modernas do universo infantil, e busca transformar o cantar em uma grande brincadeira.

Ao som da música "Imaginar" (Marco França), a história começa contando o início da aventura de João, um menino que não sabia o que queria ser e que certo dia durante uma tempestade encontra uma folha de papel que não queria ser um papel comum, através desse encontro muitas brincadeiras e aventuras  acontecem.

Logo nos primeiros minutos da peça, o elenco propõe uma brincadeira utilizando canções que contam histórias e músicas de repetição. A linha desse trabalho do grupo é a do teatro popular. As características mais marcantes são o canto e o improviso entre os atores e com a plateia, num espetáculo bastante singular.
 
Cordel do Amor Sem Fim

Com direção do pernambucano Edjalma Freitas, trata-se de um drama moderno, com toques de tragédia contemporânea. A peça fala sobre os encontros e desencontros do amor – mais desencontros que encontros – em torno das irmãs Carminha, Madalena e Tereza.

A trama se passa em uma cidade ribeirinha (no original, escrita por Cláudia Barral, se passa às margens do Rio São Francisco, só que na adaptação do Criart Teatral pode ser muito bem entendida como o Rio Branco). Tereza espera pelo amor de Antônio. Carminha é apaixonada por José, que por sua vez é apaixonado por Tereza. Já Madalena, a mais velha e que detém certo poder dentro de casa, escolheu ficar reclusa em casa.

Construído de forma simples, tanto do ponto de vista dramatúrgico quanto cenográfico, o espetáculo trabalha numa proposta mais realista, e ao mesmo tempo em um gesto, uma ação e uma mobilidade de cena mais minimalista, de modo que a força da palavra e do texto cheguem ao espectador, sem muita pirotecnia.

O cenário, que leva a assinatura do também pernambucano Luciano Pontes, é todo preenchido com cordas, que fazem uma alusão à literatura de cordel e ao próprio nome do espetáculo.  Essas cordas já começam alinhadas, e ao longo do espetáculo se entrelaçam, na mesma proporção em que as vidas das personagens vão se “enrolando”.

“Nossa intenção é que as pessoas mergulhem no espetáculo através daquilo que elas veem e ouvem, de forma simples. Trazemos essa referência, não apenas pelo nome do espetáculo, mas sobretudo a criar uma metáfora do embaralhado, que trata da vida das pessoas envolvidas na trama”, afirma o diretor, Edjalma.

FÁBIO CAVALCANTE
Categoria:Arte e Cultura

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